Já havia escrito aqui no Blog sobre as minhas perspectivas sobre o Brasil perante a realidade da crise Européia, mas tenho refletido tanto sobre o assunto durante a minha estada em Lisboa, que resolvi continuar escrevendo...
Sou de uma geração que cresceu sem acreditar no país. Somos filhos de pessoas que viram o Brasil passar por situações difíceis, inúmeras corrupções, criminalidade alta e outros tantos fatos que nos afastam de ter fé por aqui.
Mas quem está na faixa 25/35 anos, ainda terá pelo menos 30 anos produzindo e gerando oportunidades e desenvolvimento, e portanto, precisa ver o nosso Brasil de forma diferente.
Sou de uma geração que cresceu sem acreditar no país. Somos filhos de pessoas que viram o Brasil passar por situações difíceis, inúmeras corrupções, criminalidade alta e outros tantos fatos que nos afastam de ter fé por aqui.
Mas quem está na faixa 25/35 anos, ainda terá pelo menos 30 anos produzindo e gerando oportunidades e desenvolvimento, e portanto, precisa ver o nosso Brasil de forma diferente.
Por aqui (em Portugal), o discurso sobre a crise é intenso. Existe os BRIC que são os países de maior crescimento, e existe o PIIGS, que são os países mais em crise na Europa, e citando na ordem do pior para o "menos pior", o PIIGS é composto por Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Itália. Estes países estão mal por aqui. Taxas altas de desemprego, PIBs negativos, deflação e por aí vai... E tirando Alemanha, França e Inglaterra, o resto tudo são os "primos" que estão ficando pobres.
Na realidade, não vemos pobreza na rua. Se você ficar apenas como turista, não irá perceber a crise. Mas ao olharmos números, visitarmos e conversarmos com diretores e donos de empresas (de diversos países Europeus), a crise é muito maior do que eu pensava antes de vir pra cá. Até aqui, os países Europeus sobreviviam apenas com importações/exportações entre si. A própria Europa mantinha a Europa. Mas isto tem mudado radicalmente, forçando os países daqui a olharem outros mercados. Para nós, Brasileiros, é ótimo. Para a Europa, a solução está na África e na América do Sul, em especial o Brasil. Lógico que existe um problema cambial que impede uma melhor transação e adaptação. Mas por tudo que estou vendo, a minha opinião é que os Europeus não terão saída a não ser desvalorizar o próprio Euro perante as moedas internacionais, principalmente dos países do BRIC. Para nós, mais uma vez, é ótimo.
Já vinha dizendo isto há uns dois anos, mas vou repetir. Meus filhos viverão em um país muito melhor. Terão acesso à Europa de uma forma muito mas fácil do que hoje temos.
Aqui eles usam o termo PEC (Plano de ESTABILIDADE de Crescimento) e nós, no Brasil, o PAC (Plano de ACELERAÇÃO de Crescimento), e estas duas palavrinhas definem bem a diferença das realidades Brasil/Europa.
É muito motivante poder participar de uma geração economicamente ativa no Brasil, que fará parte de toda esta mudança. Sempre fui um otimista pelo Brasil, mas agora acredito ainda mais! É preferível estar pobre mas vislumbrar a riqueza, do que estar rico e temer a pobreza!
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