quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O ciclo de um mito!


Há algumas semanas o mundo foi informado que o grande mito e idealizador da Apple, Steve Jobs estava deixando o cargo supremo de liderança. Desta vez ele não está saindo da empresa por ser expulso, como ocorreu na década de 80. Desta vez ele está saindo no auge do sucesso da maça mordida nas referências de consumo dos seres humanos, e por escolha própria.
Me chamou atenção que as notícias ao longo dos dias tinham um ar fúnebre. Uma espécie de velório com o defunto vivo. E mais uma vez, Steve Jobs cria uma aura emocional em cima de suas decisões.
Jobs manteve um sonho, e trabalhou obcessivamente por este. Estudou mercados, modelos de consumo e concorrentes. Engajou pessoas com os mesmos sonhos e provocou o ser humano a: “Think Different” (pense diferente). E como todo líder determinado a um resultado, também deixou pessoas insatisfeitas e incomodadas ao trabalharem com ele.
Em uma análise mais comportamental e menos técnica, Steve Jobs reinventou a maneira de pensar as coisas por mais de uma vez.
Quando o mundo crescia com computadores formais, sérios e de difícil manuseio, a Apple lança o Macintosh de forma simples, de fácil interface e colorido.
Quando o mundo se debatia para combater a pirataria das músicas na internet, mais uma vez a Apple surpreende e lança o iPod e em seguida a App Store, que mudam a forma do consumidor se relacionar com suas músicas preferidas.
Quando o mundo concorria para apresentar aparelhos celulares cada vez com mais recursos, Jobs lança o iPhone, demonsrando que interatividade e design estava mais carente do que recursos específicos.
E por fim, enquanto o mundo se preocupava em diminuir o tamanho dos notebooks, a Apple usa a lógica de aumentar o telefone celular e lança o iPad, revolucionando mais uma vez o mercado da tecnologia.
Independente de quem é o autor das idéias em si, acredito que todos estes produtos nasceram de muita criatividade, estudo, conhecimento técnico, determinação e ousadia de um grupo coletivo. A questão é a capacidade um homem liderar este processo com tamanha maestria e tornar uma marca tão desejada.
Estamos carentes de líderes que são taxados de loucos, mas mudam a forma da humanidade pensar. São considerados arrogantes, mas defendem um pensamento com determinação e argumentação. São considerados difíceis, mas estimulam a ousadia ao invés de estimular o trabalho baseado em carga horária.
Agora, Steve Jobs se despede deixando uma nova questão para ser repensada. Uma marca, que é um ícone emocional, consegue ter DNA próprio e perpetuar na mente do consumidor, sem o seu idealizador?
Tim Cook conseguirá manter o espírito inovador e encantador da Apple? E Steve Jobs conseguirá se manter vivo não tendo mais a palavra final da sua maior obra?
Vamos deixar o tempo nos responder. Até lá só nos resta dizer: Thank for your job, Steve!

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