quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Primeiro a mente, depois o corpo!

Começa a se aproximar o verão e com isto a preocupação com aquelas gordurinhas pelo corpo que nos desmotivam a desfilar na praia com a auto-estima firma e forte! É uma correria para as academias, procura por médicos e dietas milagrosas.
Digo isto por experiência, afinal luto contra a balança faz algum tempo. Já fiz várias dietas que funcionaram, mas passa um certo tempo e o peso volta a subir. Isto acontece pois a dieta vira uma penitência, um castigo, uma tortura... e ninguém é louco para se torturar por tanto tempo seguido. Nem mesmo por nobres causas como biquinis, sungas e corpos bronzeados.
Quero compartilhar uma reflexão que fiz desde o último verão e que vem me ajudando a perder peso (já perdi 15kg - em 7 meses) sem me sentir castigado.
A prática disto não é fácil, mas o raciocínio sim. Utilizei todas as ferramentas e as formas de pensar que aprendi e desenvolvi nos processos de Life Coach.
Um dos princípios básicos do Coaching, é desafiar o assessorado a colocar planos de vida em ação. É um acompanhamento com foco no ato de agir. Mas para conseguir agir, precisamos entender que nossos resultados são frutos dos nossos comportamentos, que são frutos dos nossos pensamentos, que são frutos das nossas crenças. Portanto, mudar apenas as atitudes, não garante uma mudança tão eficaz. Precisamos mudar a mente, para depois mudar os comportamentos.

Se eu quero muito me tornar um grande empresário, eu passo a observar tudo o que grandes empresários fazem. Como eles pensam, como eles conversam, como eles cuidam do dinheiro, das oportunidades, dos desafios.
Se eu quero me tornar um grande esportista (seja qual for o esporte), eu observo o que os grandes jogadores fazem, como treinam, o que mentalizam, como pensam, como conversam.
Toda "tribo" segue uma linha geral similiar. Todos que praticam certo estilo seguem uma linha. É assim com médicos, advogados, psicólogos, publicitários. É assim com hobbies como motocicleta, vinho, lancha, literatura. É assim com esportes como tenis, futebol, natação, golfe. Ou seja, os melhores e mais entendidos em um segmento agem da mesma forma, e o que diferencia um dos outros é apenas pequenas questões pessoais (que podem separar os bons dos gênios), mas a "linha básica" é a mesma. Nenhum gênio em um segmento faz completamente diferente do que os bons. O fio condutor é o mesmo.
Isto me lembra certos princípios do Coach, como o fato de que crenças provocam pensamentos, que provocam atitudes e que somente depois provocam resultados.
E esta similaridade entre as "tribos" acontece o mesmo entre a turma dos gordinhos e a turma dos magrinhos. Os gordinhos pensam a respeito de alimentação de uma forma diferente dos magrinhos. E lembre-se: primeiro mudar pensamentos, para depois mudar comportamentos.
A minha proposta foi passar a observar como os magros pensam. Quero mudar a mente, depois o corpo. Quando comecei este exercício, comecei a me observar agindo de forma "gorda" e não de forma "magra". Me lembro de me pegar com dois salgadinhos na mão. Você já viu uma pessoa magra segurar dois alimentos ao mesmo tempo? Mas depois disto, preferimos dizer que a nossa genética nos atrapalha. Eu acredito que o DNA possa influenciar, mas não podemos culpar aquilo que não temos controle. E antes de culpar a nossa herança genética, vamos analisar nossos pensamentos e nossos comportamentos.
Comecei a observar como os magros pensam. E eles não pensam em comida de forma frenética, pensam em comida de duas formas: tem o grupo que pensa no alimento como sobrevivência e o grupo que pensa no alimento como prazer. Mas em ambos os casos, eles não pensam no alimento na relação de quantidade. Eles não vêem prazer em ficar mal de tanto comer. Eles não comem de forma rápida. Eles pensam o que vão comer diante de um buffet. Eles não comem tudo o que querem o tempo todo.
Depois de muito observar, percebi que magros pensam diferente de gordos, e passei e exercitar os meus pensamentos desta mesma forma. Não cortei nada do meu cardápio. Simplesmente tenho exercitado a minha mente para pensar como magro, e aí a dieta não é uma meta, e sim um estilo de vida. E se é um novo estilo de vida, uma nova forma de pensar, então não é castigo.
Tem funcionado, me fez perder 13kg, ganhar mais disposição e sigo conectado para continuar pensando assim. Nunca mais vou voltar a engordar? Não sei, não posso afirmar. Mas a minha aposta é que não. Está sendo fácil? Também não. Mas uma coisa posso compartilhar com muita segurança: quando você muda a mente, todo o resto fica mais fácil do que se tentar fazer o inverso.

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