Embora não seja da minha época, ao refletir sobre o sexo feminino, foi inevitável lembrar da antiga música de Erasmo Carlos onde ele canta “Dizem que a mulher é um sexo frágil. Mas que mentira absurda. Eu que faço parte da rotina de uma delas sei que a força está com elas”.
Como ser humano, como homem e como Coach respeito muito a mulher. Observo, no processo de Coaching, que a mulher costuma ter uma visão mais sistêmica da vida, buscando com frequencia o alinhamento das áreas profissionais, familiares e pessoais.
De forma geral, o homem busca ser referência na macro sociedade. Quer ser premiado, estar nos jornais, na TV e rodar o mundo. A mulher busca ser referência na sua micro sociedade. Quer ser reconhecida como uma filha especial, uma mãe diferenciada, uma esposa dedicada e uma profissional de respeito pelo seus colegas de mercado.
Homem tem uma lista de hobbies. Lê revista de automobilismo, joga futebol uma vez por semana, participa da turma do poker, da confraria da cerveja e por aí vai. A mulher não costuma ser assim. A mulher é mais das atividades afetivas. Procura a troca de afeto entre as pessoas, gosta de longas conversas e de momentos mais relaxantes.
O homem é sempre mais objetivo, mais pragmático. Busca resolver um ponto específico, e principalmente, uma ponto de cada vez.
A mulher quer resolver todos os pontos e sempre tudo junto. O que é mais incrível, é que elas tem de fato esta capacidade. A mulher consegue dar a devida atenção aos assuntos de forma distinta. Tem o tempo de ser mãe, a hora de ser filha, o dia de ser profissional, o momento de ser sexy, de cuidar do corpo, de sair com as amigas, de estudar, de arrumar a casa…
Como dito por alguns profissionais da área da saúde, a mulher está se tornando a super mulher. A exigência social impõem muitas mudanças e muitas tarefas. A mulher moderna é tudo.
Não é uma questão de certo ou errado, nem quero propor a discussão por preferências, mas o fato é que homens e mulheres tem muitas diferenças. E ao me propor refletir sobre as mudanças da mulher, resolvi contrapor com as mudanças do homem. Digo isto pois sempre acreditei que quando uma pessoa muda, a outra (do mesmo convívio) muda também. E vem sendo assim nas relações masculinas e femininas. Embora existam diferenças na forma de pensar e na estrutura de planejamento pessoal, tenho visto com muita frequencia os homens mais dispostos a pensar nos filhos, participar das reuniões na escola, ajudar a escolher a roupa. Homens preocupados em aprendar a cozinhar, descobrir como usa a máquina de lavar roupa, combinar com o jardineiro o que precisa ser feito. Homens preocupados com sua beleza e com sua saúde futura. Homens dispostos a demonstrar afeto e passar a utilizar a frase que aprendemos com as mulheres: eu te amo. Sim, também de forma geral, os homens estão mais afetivos e mais dispostos a olhar suas vidas como um todo.
A mudança da mulher é comprovada na mudança que o homem passou a adotar. Quem ganha com isto? Penso que todos nós. Toda a sociedade e principalmente todos os filhos destes pais modernos. Pais que participam da vida dos seus filhos sem deixar de pensar nas suas vidas individuais. Pais que sabem ser egoístas e altruístas, característica típica da mulher que o homem aprendeu.
E tudo isto, devido a mudança das mulheres. Depois de queimarem roupas e lutarem pelo seu espaço, que hoje já está conquistado, foi o homem que precisou se adaptar. As vezes penso que se não fosse a antiga revolução feminina, talvez nós homens, ainda estaríamos presos no nosso mundo egoísta.
Obrigado mulheres.
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