Em dia dos namorados
sempre é válido a reflexão sobre o papel do amor entre as pessoas.
Dentro do
processo de Life Coach, o meu trabalho é sempre levar a responsabilidade de
forma individual para cada pessoa. Casais passam muito tempo discutindo o
marido (ou a esposa) que gostariam de ter e o tipo de casamento que gostariam
de viver.
Esta
reflexão é válida, mas o ponto de partida não é este. O foco inicial deve estar
na resposta de que tipo de marido (ou esposa) você quer ser? E mais, que tipo
de pessoa você quer ser na sua vida, de forma geral, e entender que tipo de
pessoa o seu parceiro quer ainda ser quando crescer. Não na perspectiva de uma
criança, ou de um adulto analisando o seu passado. Mas sim na perspectiva do
que ainda se quer viver, daquilo que ainda queremos melhorar, do que ainda
queremos nos tornar.
Se eu
entendo quem eu sou, e tenho claro que tipo de marido quero ser, então começo a
refletir sobre o meu relacionamento de forma diferente da convencional. Somente
depois de eu poder ser exatamente o companheiro que quero ser, posso questionar
a parceira que quero ter de uma forma mais construtiva.
Além disto,
outra perspectiva importante é perceber que pessoa a minha parceira quer ser.
Eu também preciso amar a pessoa que ela quer se tornar. Eu preciso estar
engajado na jornada dela. Caso contrário, quando as mudanças vierem (e com o
passar dos anos isto é inevitável), este relacionamento não fará mais sentido.
Costumo
brincar que devo estar, pelo menos, no meu terceiro casamento. Porém, com a
mesma mulher.
Eu mudei
muito. Ela mudou muito. Somos hoje pessoas muito diferente do que éreamos
quando nos apaixonamos pela primeira vez. Mudamos valores, comportamentos,
crenças, e principalmente, mudamos as perspectivas do que queríamos para as
nossas vidas.
Talvez eu
tenha tido a sorte destas mudanças todas ocorrorem juntas e sintonizadas.
Mas ao
invés de acreditar na sorte, prefiro acreditar que o que nos uniu foi o amor e
a vontade de permancermos juntos. E desta forma, criamos um espaço livre para
as mudanças. Afinal, em um relacionamento amoroso não basta aceitar a mudança,
precisa entender.
E se eu
tivesse que resumir em uma única palavra o que tornam os casais mais felizes
por mais tempo, seria o diálogo.
A fase da
paixão é intensa. Queremos provar quem somos e quem podemos ser. Queremos
impressionar e mostrar que seremos uma boa escolha. Queremos falar bobagem,
porque faz parte do clima de namoro. Queremos falar, falar, falar…
Passada a
fase da paixão, inicia-se então a fase do amor. E aí começa a dar trabalho.
Casais passam a silenciar as conversas que antes eram tão aquecidas. Agora é
preciso falar a verdade. Falar sobre as coisas boas e sobre as coisas ruins.
Agora é falar e ouvir. E nesta difícil tarefa, os casais acabam muitas vezes
preferindo partir para uma nova paixão, ou então caírem em total silêncio sobre
as pessoas que são e as pessoas que querem ser.
E desta
forma, perdem a oportunidade de viver o amor mais bonito entre duas pessoas, o
amor autêntico.
Amar quem o
outro realmente é. Se sentir amado para ser realmente o quer ser.
Este amor é
sustentável e de longo prazo. Poderá, assim como tudo na vida, dar errado. Mas
dificilmente irá gerar arrependimento.
Aliás,
errar não é problema. O ruim é se arrepender. E se arrepender de ter vivido um
amor não é algo muito agradável.
Vamos então
aproveitar esta data de comemoração ao amor entre duas pessoas e ficarmos
dispostos a errar. Procurarmos, de forma autêntica, quem queremos ser enquanto
parceiros.
O que
queremos dar e propiciar?
Eu sou, de
fato, o namorado(a) que que gostaria de ser?
#Ficaadica
Um comentário:
Maravilhoso...Verdadeiro e acredito que acessível de seguir as dicas..Tem que ter persistência..Tem que querer...
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